No quintal da casa grande
Quando o crepúsculo descia
O céu todo colorido...
No quintal eu me sentava
A olhar o céu, e uma roça
De algodão, tão branquinha...
Eu nem sabia decifrar
Se era nuvem ou algodão
Que cobria o roçado.
Quando o galo cantava
Logo eu despertava
Ouvia uma cantoria
Mais parecia um lamento
Abria a porta e olhava
Aquela gente colhendo
O algodão orvalhado.
Eu no quintal me sentava
Ficava só escutando
Aquele povo cantando
As mãos cheias de algodão
Eu ficava imaginando...
Acho que aquilo
É nuvem que caiu lá no roçado,
De algodão orvalhado.
No quintal da casa grande.
O povo todo cantava
Mais parecia um lamento
Eu sentada no quintal
Ouvia e observava
A beleza orvalhada
Da roça de algodão.
terezinha c werson
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