Retalhos de poesias-Terezinha C Werson
POESIAS
quinta-feira, 18 de janeiro de 2024
sábado, 17 de outubro de 2020
LEMBREI-ME.
Sala de jantar
Noite, luz de lamparina.
Quietude...
Um homem sentado
Numa cadeira de balanço
Um cigarro de palha
A fumaça lhe encobria
A face sisuda.
Não conversava
Olhar parado.
Do outro lado da sala
Uma bela senhora
Esguia, cabelos da cor de prata
Enrolados sobre a nuca.
Vez ou outra soltava
Os cabelos como fios de prata
Sobre os ombros caiam.
Tristonha... Amassava o fumo
Enchia o cachimbo
Acendia... E a fumaça
Começava a subir, com delicadeza.
Colocava na boca muda
Sentava-se num canto da sala
E ficava a olhar o ziguezague da fumaça
E os seus sonhos se desfaziam como a fumaça
Solidão... Quietude. Moravam naquela sala
Palavra nenhuma se ouvia
E a lamparina ia ficando fraquinha
Quase apagando
A solidão era tanta
Que nem a luz da lamparina
Iluminava aquela sala
E a bela mulher
Foi se apagando
Como a luz da lamparina.
Terezinha C Werson
21/10/2012
ISTO ACONTECIA COM MEUS AVÓS.
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
Poeta cantor
Meu pai
escrevia versos
Naquele
papel de bodega,
Só que eu
não entendia
Lia e jogava
fora,
Seus sonhos
e fantasias.
Naquele
sertão tristonho
O sol forte
da manha,
Dos pássaros
que se aninhavam
Nas flores
do seu quintal.
Das tardes
vermelho fogo
Das noites
azul, estreladas.
Das nuvens
que passeavam
Cobrindo a lua amarela.
Meu pai
cantava alto
Sua voz era
tão bela
O silencio
aparecia
E ficava bem
quieto
Só para
ouvi-lo cantar.
E o papel da
bodega
Espalhavam-se
no balcão
Cheios de
poesias
Do sonhador
do sertão
Que cantava
e escrevia.
Mas eu que
nada entendia
Lia e jogava
fora
Mas o vento
aparecia
E seus
versos carregavam
Pra tão
longe... Que sumiam.
Terezinha C
Werson.
quarta-feira, 14 de março de 2018
Pensei que sabia muito, descobri que nada sei. Cada dia um novo aprendizado.
Com medo de machucar-me me desviava das pedras e dos espinhos.
Esqueci-me de olhar para as margens da estrada, de olhar para as planícies.
Bosques e montanhas. Perdi meu tempo olhando para pedras e espinhos
Ao invés de olhar para beleza que caminhava ao meu lado. Aprendi:
Quando volto a caminhar pelas estradas da vida, olho mais para beleza
Da natureza, e vejo com e belo o nascer da flor do campo, das arvores
Que margeiam a estrada, dos pássaros e borboletas que voam por entre os galhos,
Do ninho onde se aninham os filhotes dos passarinhos. Olho mais para as montanhas
Distantes, onde ao amanhecer o sol surge vagaroso, e ao entardecer ele volta a se esconder.
Olho mais para relva verde onde cansada me sento. E assim deixei de lado as pedras e os
Espinhos, e passei a contemplar a beleza do azul e verde que enfeitam esse belo
Jardim que se chama imensidão... E assim aprendi a caminhar bem... devagar...
No silencio da estrada, só eu e Deus.
TEREZINHA C WERSON
quarta-feira, 14 de março de 2018
terça-feira, 12 de setembro de 2017
domingo, 16 de julho de 2017
Crônica
Meus valores.
Minha infância
Feliz, pai austero
Porem presente.
Colo não lembro
Mas lembro do homem
Que sabia curar minhas feridas,
Palavras firmes, porem repreensão
Saudável, muito ouvi de meus pais.
Respeito ao próximo, aos velhos respeito
Doçura nas palavras, união entre irmãos
Em volta da mesa silencio... Horas das refeições
E sagrada,quando chamava um filho
Jamais podíamos responder espere um pouco.
Obediência. Deus, respeito, verdades, falar baixo
Humildade gratidão, e honestidade
Éramos sete filhos, ensinamentos iguais a todos
Dizia: quando alguém fala ouve-se, jamais interromper
Ou se intrometer nos assuntos dos mais velhos.
Leia muito quando não souber o significado
De uma palavra olhe no dicionário. Quando receber
visita se comportem.
Ao visitar alguém faça o mesmo.
Recebi algumas palmadas necessárias em troca recebi
ensinamento que me trouxeram
Um grande aprendizado, faculdade não tive.
Mas tive pais sábios.
Este tesouro guardo com carinho. Vale mas do que muito
ouro.
E muitas faculdades.
Terezinha C Werson
domingo, 5 de outubro de 2014
domingo, 21 de julho de 2013
CASA DE REPOUSO OU CASA DA SOLIDÃO?
CASA DE REPOUSO OU CASA DA SOLIDÃO?
Casa de repouso...
Repouso:
Descanso.
Sossego, tranquilidade, paz.
Só no dicionário.
Casa de repouso, que ironia...
Na verdade é um amontoado
De velhos solitários
Esperando um carinho
De um estranho
Sem paciência.
Comendo numa tigela de plástico
Bebendo numa caneca de plástico encardida.
No frio da noite a espera de uma alma boa
Que se apiede e o cubra.
Muitas vezes quer comer algo diferente
Não pode tem que seguir regras
E assim após um chazinho com bolachas
La vai ele dormir, com o desejo
De uma comida diferente.
Velhice ingrata...
Que fica a espera de um parente
Que se lembre que ele existe.
Que ao encostar a cabeça no travesseiro
Que nem é seu, fica há recordar o tempo
Que no seu corpo existia vigor, para
Acordar na madrugada fria
E ir olhar os filhos e agasalha-los
Sem contar às noites que tinha que
Correr para um hospital para cuidar
De alguma dor, que o filho sentia.
Hoje já está velho cansado
Tornou-se um transtorno
Pra família ocupada demais
Sem tempo para lidar com o velho
Enjoado cheio de doenças.
Melhor coloca-lo num asilo ou casa de repouso
La ficara melhor comendo numa tigela de plástico
E bebendo numa caneca de plástico encardida.
Quem ver a dor do pobre velho
Fazendo fisioterapia nas pernas ou nos braços
Que mal podem mexer, dizem, eles vamos
Se não nunca vai melhorar, o coitado.
Com cara de socorro meu Deus!
Continua a seguir as regras ditada pelos
Que se dizem cuidadores.
Piedade Senhor livra-me
Deste triste repouso
Desta casa de velhos que morrem de solidão
Porque lhes falta carinho
E uma família que lhe pegue pela mão
Que lhes sirva uma refeição quentinha cheia de amor
Que durma numa cama cheirosa,
E num quarto tranquilo e cheio de paz.
Terezinha C Werson -13/7/2013
VOU CAMINHAR
VOU CAMINHAR...
Enquanto a noite não chega
Enquanto o sol está ameno
Sentir o vento fresco
Tocar-me.
Seguirei... Por esta estrada...
Olhando o azul que me cobre
Olhando as folhas rolando
Contemplando esta beleza
Que é presente de Deus.
Vou fazendo a caminhada
Eu e a minha alma
Que está tão melancólica
Vou tentar que ela sorria,
Ouvindo o canto dos pássaros.
Mas se a noite chegar
Vou olhar a lua branca
Iluminando minha estrada
Se chegar a alvorada
Vou colher flores do campo
Que enfeita a minha estrada
Vou sussurrar uma oração
Pedir que o SENHOR me escute
Que caminhe ao meu lado
E cuide para que eu prossiga
Vou caminhar
Nesta estrada...
Olhando o azul que me cobre
Ate o meu tempo findar.
Terezinha C Werson
15/7/2013
ESTAREI LA...
Estarei lá...
Num segundo estarei lá
Cerrarei os meus olhos
Num segundo estarei lá...
La minha alma despertará
Vai levar só um segundo
E eu estarei lá...
Verei uma luz divina
Aguas brotando do seu trono
Num segundo estarei lá...
La terei voz de anjo,
Pra louvar meu
salvador
Num segundo estarei lá...
Angustias não mais terei
O choro já acabou
A dor do peito passou
Tristeza não mais terei
Meus olhos contemplará
Belezas que nunca vi,
Só um segundo vai levar...
pra nesse lar eu morar...
Só tem amor e paz,
Na minha nova morada.
Num segundo estarei lá...
Terezinha C Werson
21/7/2013
terça-feira, 30 de abril de 2013
EM ALGUM LUGAR...
Em algum lugar do passado
Deixei tantas coisas...
Deixei uma criança alegre
Correndo pelos campos.
Deixei a juventude
Bonita que despertava
Sorrindo, e adormecia sonhando.
Deixei sonhos espalhados
Pelas estradas floridas.
Deixei as ilusões
Flutuando no infinito
Entre o céu e o mar.
Deixei a alegria
Olhando a correnteza do rio.
Deixei o silêncio do amanhecer
Que tanto me encantava.
Deixei aquele lindo entardecer
Que me levava para bem longe...
Onde eu ouvia
O cântico dos anjos.
Terezinha C Werson
30/4/2013
quinta-feira, 11 de abril de 2013
EU QUERIA ENTENDER
EU QUERIA ENTENDER.
Queria entender
Porque sábio e quem sabe muito
Quem tem instrução
Ou quem tem conhecimento profundo.
Aqueles que agem com sensatez e são prudentes.
Vejo estes cheios de instrução
Todos os dias nos jornais
Agirem com insensatez
Com imprudência
Sem conhecimento nenhum
Falando coisas tolas.
Nada instrutivas.
De teologia tudo
entendem
Nesse entender pregam
Suas verdades
Ferindo o seu próximo.
São certos agem dentro da lei,
Mas dividir o seu pão nem pensar!
Isso entendo:
Que o matuto sem instrução
Grosseiro rústico
É um sabedor.
Usa sabedoria da vida
Para falar, e para pensar.
Esse eu sei: sabe agir com prudência
É sensato dentro do seu modo rústico
Do homem sofrido do campo
Alma machucada pela secura da terra
Sem água e sem pão,
Aprenderam há dividir o pouco
Que lhes chegam as mãos
Em tudo dão graças
Pela chuva e pelo sol.
Esses eu entendo
São os verdadeiros sábios.
Terezinha C Werson
11/4/2013
EU AMO
Eu amo...
DEUS!
Amo os dias
ensolarados
O sol se banhando no mar, rolando nas ondas.
As flores cobertas de borboletas coloridas
O céu azul enfeitado de pássaros
O vento tocando leve nas folhas das palmeiras
O amanhecer chegando silencioso
O entardecer se
despedindo bem... Suave
A noite azul coberta de estrelas
O luar clareando minha rua
A solidão da madrugada
O orvalho caindo sobre as flores
A brisa leve tocando no meu rosto
Ouvir o murmúrio do rio quase lamento
A chuva miúda escorrendo na vidraça
A mão de Deus me segurando
O sussurro dos anjos
Bem... Carinhoso...
Eu amo o silencio
Porque escuto a voz de Deus...
Terezinha C Werson
11/4/2013
domingo, 7 de abril de 2013
SEMENTES DE ILUSOES
SEMENTES DE ILUSÕES
De sonhos
Enchi as mãos.
Entre as flores
Semeie, vi alguns
Florescerem.
Nos vales
Soltei as esperanças.
Para o infinito voaram...
Sementes de ilusões
Plantei na minha estrada.
Algumas em rosas
Transformaram-se
Outras pereceram.
Libertei meus pensamentos.
Correram entre montanhas e vales,
Entre as ondas brincaram
Nos rios e cachoeiras
Mergulharam.
Em poesias transformaram-se...
Assim vou colhendo sonhos
Procurando as esperanças
Cuidando das ilusões que restaram.
Meus pensamentos?
Esses continuam libertos.
Terezinha C Werson
5/4/2013
quinta-feira, 21 de março de 2013
GOSTO DE VOAR
Gosto de voar...
Às vezes entro no azul
Nas brancas nuvens adormeço
Desperto na imensidão...
Na floresta verde me perco
Nos galhos faço meu ninho
Bebo gotas do orvalho
E logo volto a voar.
Sobre os jardins vou voando
Nas flores eu vou pousando
Levemente vou descendo
Vou pisando de mansinho
Nas pétalas que cobrem o chão.
Quando me canso do chão
Volto a voar na imensidão...
No azul eu vou entrando
Nas nuvens brancas adormeço.
E nesse voo eu sonho...
Terezinha C Werson
21/3/2013
domingo, 10 de março de 2013
JESUS EU VI
JESUS EU VI
Alegre e sorridente
Correndo pelos campos
Da inocência.
No amanhã
Nem pensava.
Jesus eu vi.
Um jovem bom, se desviando
Por caminhos tortuosos
Vi sua mãe falando:
Filho: sai deste caminho
Ele te levara para a dor, e para a solidão.
Vi uma promessa que não foi cumprida
Está bom mamãe sairei deste caminho.
Jesus hoje eu vi.
Um velho solitário
No leito triste de um hospital
Respirando mal, e olhar de medo.
Prisioneiro dos seus erros
Amarrado no leito frio
De paredes que só ouve gemidos
E lamentações...
No silencio da dor estas solitário.
Os campos que corrias
Na tua inocência de criança
Não existe.
Jesus eu vi.
Tu ao lado da cama fria
Dizendo: não temas eu estou contigo.
As coisas velhas já passaram
E tudo se fara novo.
Terezinha C Werson
9/3/2013 09:33:17
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Quem sou eu
- RETALHOS DE POESIAS
- Sao Paulo, Capital, Brazil
- Gosto de escrever poesias prefiro escrever do que falar gosto de ler,nao tenho autor preferido, o importante é que seja um bom livro. escrever é uma maneira de mostrar o que nos vai na alma.
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