
Sozinho na multidão
Vi um homem solitário
Em meio à multidão
O olhar se perdeu no infinito...
Aquele sorriso
Transformou-se num ar tristonho
Perdeu-se no tempo
Senta-se solitário
Quem são os amigos
Esposa filhos netos?
Descansa as mãos
Sobre as pernas
Olhar confuso
Todos são estranhos
Olhar por vezes assustado
Tudo é tão estranho
A voz vai ficando baixa
A memória vai se apagando
Lentamente como o sol do entardecer
O tempo passa...
Cadê as lembranças? Apagaram-se
Manha dia noite esqueceu...
Cadê a beleza das flores
Do mar das montanhas?
Não vê... Tudo igual nada muda
Os sonhos terminaram...
Dependência de todos.
Que pena a memória
Escondeu-se atrás das montanhas
Da noite escura e não volta mais.
Terezinha C Werson