terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

COMO ESQUECER O PASSADO


Como esquecer o passado


Se não me lembrar do passado
Não terei memória.
Esquecer que fui criança
Das estradas que passei
Das bênçãos que alcancei
Dos rios que mergulhei.

Pobre de mim se não
Lembrar do passado.
Da juventude bonita
Daqueles sonhos tão belos!

Dos jardins todos floridos
Do meu falar com as flores
Das gargalhadas gostosas
Dos caminhos que andei
Com Jesus me protegendo
Derramando as suas bênçãos
Como chuvisco miúdo
Sobre a minha cabeça.

Pobre de mim se não lembrar o passado
É porque perdi a memória.
Deus livra-me desta tragédia
Se me esquecer do passado
Como lembrar o presente
Como sonhar com o amanhã?
Jesus me livra desta desdita
Me deixa lembrar o passado
De hoje, e do amanhã.

Terezinha C Werson
30/12/2009)

CHUVA MIUDA


CHUVA MIUDA


Chuva miúda
Caia nos meus cabelos
Escorre sobre o corpo.

Eu olho para o céu
E penso: que beleza Senhor!
Esta chuva miúda
São bênçãos...

Que em forma de gotas
Estão caindo sobre mim
São gotas que cai do céu
Transformam-se em enxurradas
E sobre o meu corpo vai caindo.

Vou andando na calçada
A chuva miúda aumenta
Eu feliz vou andando
Cofiando no meu Deus
São gotas de bênçãos
Que o meu Deus
derramou.


(Terezinha C Werson
9/1/2010)

EU ME CHAMO SOLIDÃO


Eu me chamo solidão

Eu vi a solidão
Andando no caminho
Solitário
Vi sentada no banco
Do jardim.

Eu vi a solidão
Andando nas ruas solitárias
Vi ela no céu perdida
Entre as estrelas
No mar sobre as águas.

Vi a solidão na face da criança
Na face enrugada do velho
No casebre e no palácio
Na cidade e no sertão
No choro e no sorriso.

Vi a solidão
Na musica
No canto do pássaro
Na noite escura
Nas noites iluminadas
Andando nas madrugadas

Vi a solidão
Entrando em qualquer canto
No meio da multidão
Falando eu me chamo
Solidão aonde chego
Vou ficando
Sou carrasca
Faço morada onde quero
Entro e faço morada
E também faço estrago.

Terezinha C Werson

.

.

SE EU ME COHECESSE


Se eu me conhecesse


Se eu me conhecesse
Não cometeria tantos
Erros desnecessários.

Não falaria sem pensar
Não ofenderia para depois me desculpar
Não guardaria tantos rancores.
Que machuca o corpo e a alma.

Perdoaria mais, falaria menos
Se eu me conhecesse
Teria mais paciência
Teria mais amor, e menos ira.

Seria mais piedosa
Mais calma
Amaria mais
Ajudaria mais.

Mais eu não me conheço
Às vezes sou estranha
De mim mesma
Tarde de mais digo:
Porque fiz isto?
Porque fui rude?
Porque não apoiei o mendigo
Porque senti nojo?
Porque faço o que não quero
E o que quero isso não faço.
Que pena eu nem me conheço.


(Terezinha C Werson)

UMA MULTIDÃO


Uma multidão.


Ando em meio a uma multidão muda.
Tanta gente ninguém se conhece
Na rua, no elevador
Todos mudos, todos cegos
Ninguém se olha somos todos estranhos.

Dentro das nossas
Casas somos desconhecidos solitários
Palavras não ouvimos
Só o som da televisão
Noticias deprimentes.

Falar sobre Deus
Nem pensar!
Se não deixar Deus morar em nossos corações
Estamos perdidos.

Se não conversarmos com Deus
Será muito triste
A solidão será a companheira
Deus é aquele que eu chamo
Porque sei que ele me escuta.


Terezinha C Werson
30/12/2009)

TRAGEDIA ESPERANÇA E EMOÇAO


Tragédia esperança e emoção.


Oito dias, quanto tempo...
De repente surge do meio
Dos escombros uma criança
Isso é bênção!
Deus quanta emoção...
Renascimento.
Nos braços dos soldados
Sobre aplausos
Aparece um menino
Abençoado...
Será que era um anjo?
Braços abertos
Em forma de uma cruz
Belíssimo!
No meio desta tragédia
Tantas bênçãos eu vi.
Uma criança tristonha
Não sorria
A mãe surgiu entre os feridos
Aproximou-se da criancinha
Na sua face resplandeceu uma luz
Ela olhou para a mãe e sorriu.


Terezinha C Werson
30/12/2009)

VERSOS QUE ESCREVI


Versos que escrevi


Versos que escrevi na areia
Veio o vento
Soprou forte meus versos apagou.

Sentei-me na praia olhando o mar
Inspirei-me, belos versos desenhei
Veio a onda vagarosa
Para o mar os meus versos
Ela carregou.

Olhei para as nuvens
Com meu olhar
Fiz alguns versos
As nuvens se desfizeram
Os meus versos
No infinito se perderam.

Na beleza da aurora e do crepúsculo
Inspirei-me...
Fui colorindo meus versos.
Aurora e o crepúsculo acabaram
Mais os meus versos ficaram.

O que escrevi com as estrelas
Estão gravados lá no céu
Se quiser ver olhe para o céu
Lá estão eles cintilando...


Terezinha C Werson
30/12/2009)

NA SOMBRA EU ME ABRIGO


Na sombra eu me abrigo

Ipês coloridos...
Enfeitam a minha rua
Sem casas e sem calçadas
Não tem carros não tem gente
Só aquela velha solidão.

Apenas uma alameda
O seu fim eu não enxergo...
Nas tardes ensolaradas
Na sua sombra me abrigo.

E caminho lentamente
Pisando sobre as folhas secas
Como um tapete estendido
Colorido e macio
Feito só para mim.

Vou pisando de mansinho
Para folhas não quebrar
Naquela rua, moro eu e a solidão
Mora pássaros coloridos
Que cantam pra me alegrar.

Quando a tarde cai tristonha
Naquela solidão medonha
Sento sobre as folhas.
Por entre galhos coloridos
Olho para o céu vejo Deus
Me junto aos pássaros
E cantamos uma canção
Para Deus...
Terezinha C Werson

MAR MANSO


Mar manso...


Mar calmo manso
Que lindo!
Nas profundezas inquietação
Algo se move onde ninguém ver.
De repente num segundo
As profundezas estremecem!
A terra balança tudo esta ruindo
Escombros gritos desespero!
Não existe escolha velhos crianças
Grávidas, doentes, ricos, pobres
Poeira barulho pavor
Deus não entendemos
Tanta tragédia
Horror! final dos tempos?
Apocalipse...
Tudo acabado.
Pessoas sem pão
Sem água sem casa
Sem parentes
Sem amigos
O mundo estremece
De tristeza.
Senhor nos ajuda a entender
Tanta angustia tanta dor.

(Terezinha C Werson)

CASEBRE DO SERTÃO


Casebre do sertão


Os casebres do sertão
Chão seco empoeirado
Paredes quase caindo
Teto esburacado.

Uma fumaça fininha
Mingau ralo de farinha
Panelas velhas vazias
Cadê comida cadê água?
Sei lá... Meu Deus...
É tão pouco...
Nem um pedaço de pão.

Eita matuto sofrido
Cama uma esteira
Ou uma velha rede rasgada
O matuto pensativo
Senta-se no velho batente
Acende o seu cachimbo
Fica a olhar a fumaça
Que para longe vai sumindo...
Mais pensativo ele fica
No cachimbo tem fumaça
E no casebre nenhuma.

Passarinhos não existem
Voaram faz muito tempo
Já esqueceram o caminho
A tristeza é tanta,
Que até reza esqueceu.


(Terezinha C Werson)

NÃO ME PERDEREI


Não me perderei


Não vou procurar
Caminhos sem curvas
Ou sem encruzilhadas.

Não terei medo da aridez dos caminhos
Vencerei as barreiras
Subirei montanhas...

Na escuridão verei luz
Não terei medo
Porque tenho
Um pastor.

Nele confio
Só ando ao seu lado
Na suas asas me abrigo
Não terei medo
Sei que não me perderei.


(Terezinha C Werson)

LÁ...NO HORIZONTE


LÁ... NO HORIZONTE


No horizonte
Nascia um dia luminoso.
Atravessei um campo
De lírios brancos,
Fui ate um lago azul quase verde.

No meio do lago
Um cisne flutuava
Como pluma
Cheguei mais perto
Os raios do sol
Começava a despontar
No lago se derramava.

O vento soprava
Levemente sobre as águas
Calmas do lago.

Em volta lírios brancos
Cobria todo o campo
Os raios do sol
Os lírios
O cisne
No fundo do lago
Brilhavam.


Terezinha C Werson
31/1/2010)

A TARDE CAI LENTAMENTE


A tarde cai lentamente


O entardecer vai chegando
O crepúsculo colorido
Vai sumindo.

Eu solitária sento-me
Entre as flores perfumadas
Do jardim colorido.

Uma imensa solidão
Senta-se perto de mim
Escurece quase noite.

Pouco a pouco
Os vaga-lumes vão chegando
Começam a brilhar
Iluminando o meu crepúsculo
E a minha solidão.


(Terezinha C Werson
28/1/2010)

OUVI TROVÕES


Ouvi trovões.


Cortinas fechadas
Casa escura
Raios entravam pelas
Frestas das portas
Iluminando a escuridão.

Abri a cortina
Recostei-me sobre a vidraça
E fiquei a contemplar os
Grossos pingos.

Uma imensa cortina de gotas
Caiam sobre os telhados
Como uma cortina de brilhantes
Rolavam sobre os telhados.

O vento batia na cortina
De brilhantes
O vento e a cortina
Numa dança linda!
Ao som dos trovoes
E sobre a claridade dos raios
Bailavam sobre os telhados.


(Terezinha C Werson
28/1/2010)

BOM DIA SILÊNCIO


Bom dia silêncio


No silencio falo tudo
Penso mais,
Vejo mais beleza no céu
Nas flores.

No silêncio sinto tudo
Deus caminhando ao meu lado,
O vento me tocando.
No silencio entendo
À noite
O dia a madrugada.

No silêncio amo
O mar
Os rios e as florestas
Amo Deus
Amo o silêncio
Do amanhecer.

No silencio peço paz peço bênçãos
Peço pão e agradeço.
Neste silencio medito
Amo o silencio das ondas
Quase parando
A areia molhada
Que dos meus pés vai sumindo.

Neste silêncio ouço o meu coração
Batendo quase em silêncio.


(Terezinha C Werson)

COISAS DA VIDA


Coisas da vida.

Já entrei em depressão
E uma grande solidão
Às vezes vida de cão
E também de emoção.

Já vivi lá no sertão
Vi rachaduras no chão
Não sei qual é a razão
De tanta falta de pão.

Vi o pobre ancião
Vivendo como um ermitão
Naquele eterno verão.

Vi também o sacristão
Cantando o mesmo refrão
Vi um ilustre cidadão
Sofrendo uma grande paixão
Vi ate um coronel montado no alazão.

Mais também existe benção
Na vida triste de cão
Vi Jesus, pisando naquele chão
Sendo nosso guardião.

Terezinha C Werson

VOU DORMIR


Vou dormir...


Vou dormir coberta
Pelos raios das estrelas
E do luar.
Que passam pelas
Frestas do meu telhado.

Pela luz suave que cobre a minha cama...
Sonharei... Caminhando entre as estrelas
A voz de Deus ouvirei, entre anjos andarei
Sonharei com a paz que eu quero
Neste sonho sorrirei.

Serei feliz... Ao amanhecer despertarei...
Coberta pelos raios do sol
Que como uma colcha prateada
Se estendeu sobre a minha cama.

Sonharei acordada
Que no céu eu caminho
Conversando com Deus
Serei feliz e sorrirei...


(Terezinha C Werson)

Quem sou eu

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Sao Paulo, Capital, Brazil
Gosto de escrever poesias prefiro escrever do que falar gosto de ler,nao tenho autor preferido, o importante é que seja um bom livro. escrever é uma maneira de mostrar o que nos vai na alma.
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