terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

CASEBRE DO SERTÃO


Casebre do sertão


Os casebres do sertão
Chão seco empoeirado
Paredes quase caindo
Teto esburacado.

Uma fumaça fininha
Mingau ralo de farinha
Panelas velhas vazias
Cadê comida cadê água?
Sei lá... Meu Deus...
É tão pouco...
Nem um pedaço de pão.

Eita matuto sofrido
Cama uma esteira
Ou uma velha rede rasgada
O matuto pensativo
Senta-se no velho batente
Acende o seu cachimbo
Fica a olhar a fumaça
Que para longe vai sumindo...
Mais pensativo ele fica
No cachimbo tem fumaça
E no casebre nenhuma.

Passarinhos não existem
Voaram faz muito tempo
Já esqueceram o caminho
A tristeza é tanta,
Que até reza esqueceu.


(Terezinha C Werson)

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Gosto de escrever poesias prefiro escrever do que falar gosto de ler,nao tenho autor preferido, o importante é que seja um bom livro. escrever é uma maneira de mostrar o que nos vai na alma.
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